sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Jornal de Angola acusa agência Lusa de fazer "nova campanha suja" contra Angola


Luanda - Os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) que concluíram a sua missão em Angola durante o mês de Janeiro elogiaram o Executivo por ter incluído no Orçamento Geral do Estado “as despesas quase fiscais” da Sonangol em nome do Estado. A missão considerou que a decisão constitui uma “reforma fiscal importante”. Os técnicos do FMI, que estiveram 15 dias em Luanda, disseram que o Orçamento Geral do Estado de 2013 é “um passo importante” para as contas públicas angolanas passarem a observar os dois princípios básicos do orçamento: universalidade e unidade.

Fonte: JA Club-k.net
Precisamente no dia em que estes elogios do FMI eram tornados públicos, surgiu uma campanha na imprensa portuguesa contra Angola. Desta vez os seus autores nem sequer disfarçaram. Foram ao “armazém” e tiraram de lá mentiras e falsidades que já tinham publicado em Janeiro de 2012. Há um ano, a ONG Human Rights Watch pôs a circular pelos órgãos de comunicação social “amigos” que o Fundo Monetário Internacional estava surpreendido com o “desaparecimento de 25 mil milhões de euros” nas contas angolanas. A agência Lusa e vários jornais portugueses, com destaque para o do multimilionário Belmiro de Azevedo, deram grande destaque a esta informação.

O Executivo desmentiu imediatamente a Human Rights Watch e em termos muito duros. A agência Lusa há um ano dava notícia do desmentido e as explicações técnicas dadas. Dizia o comunicado, divulgado em 18 de Janeiro de 2012, há um ano e 13 dias, pela agência Lusa: “o Executivo lamenta a leviandade e sensacionalismo com que este assunto foi abordado por alguma imprensas e considera que as especulações e acusações de um pretenso desvio de fundos públicos por parte do Executivo se insere nas habituais campanhas de sectores já identificados, na sua desesperada tentativa de descrédito dos dirigentes e instituições angolanas”.

No mesmo comunicado de há um ano, o Executivo informava que estava tudo devidamente esclarecido com o FMI sobre a discrepância verificada.

Ontem a agência Lusa voltou a publicar as mesmas mentiras de há um ano, propagadas pela Human Rights Watch. O “Diário de Notícias” de Lisboa, canais de televisão e outros jornais portugueses fazem o mesmo. O público não se lembra do desmentido do Executivo e a manipulação faz o seu caminho. Não desapareceu nada, está tudo explicado, foi tudo devidamente esclarecido. De tal forma que o FMI acaba de elogiar o Orçamento Geral do Estado e as medidas tomadas pelo Executivo que considera “reforma fiscal importante”.

A parte do elogio é escondida. As mentiras de há um ano são repetidas. Apenas foram actualizadas com uma declaração patética de uma Lisa Misol que em declarações à Lusa “actualizou” a notícia de arquivo. A agência noticiosa portuguesa já dá notícias de há um ano com a chancela de actualidade resumida a uma declaração de alguém ligado à fonte da mentira. A manipulação é ainda mais grave.

A agência Lusa ignora o desmentido do Executivo de há um ano. E ao fazê-lo está a dar mais crédito a organizações que se destacam pelos seus ataques contra Angola e os seus responsáveis políticos, do que a um governo eleito, que na época estava legitimado por mais de 80 por cento do voto popular. Este ano, nas eleições gerais de Agosto, conquistou mais de 70 dos votos, uma maioria qualificada.

É estranho que a direcção da agência noticiosa Lusa ignore o desmentido do Executivo de um país e insista em publicar as mentiras de uma instituição especializada na manipulação e na calúnia. Entrou claramente na campanha leviana e sensacionalista contra Angola.

Os seus responsáveis devem ter parado no tempo em que Portugal não reconheceu Angola como um país independente e soberano, a mando de Mário Soares. E o seu delegado em Luanda deve estar convencido de que é o último herói que cumpriu o grito de Salazar: “para Angola, depressa e em força”.

Esta campanha suja entronca com outras que visam o Procurador-Geral da República e que “desenterra” o chamado “Caso BNA”. O Executivo no seu desmentido, há um ano, fala de “sectores já identificados”. Mas continuam sem rosto.

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